1
1 Ó Senhor, Deus das vinganças,
Resplandece, ͜ ó vingador.
2 Ó juiz de toda ͜ a terra,
Aos soberbos retribui.
3 Até quando, até quando
Os perversos vencerão,
4 Proferindo ͜ impiedades,
Vangloriando-se do mal?
2
5 E oprimem tua ͜ herança,
O teu povo ͜ a esmagar.
6 Assassinam estrangeiros,
Órfãos e viúvas, sim.
7 Inda dizem, inda dizem:
“Deus não vê nem caso faz.”
8 Atendei, ó insensatos,
Quando sábios vós sereis?
3
9 O que fez o nosso ouvido
Será que não ouvirá?
O que fez os nossos olhos
Também não enxergará?
10 Será que não puniria
Quem repreende ͜ as nações?
Quem saber concede ͜ aos homens
Será que não saberá?
4
11 Pensamentos vãos dos homens
Conhecidos são de Deus.
12 Bem-aventurado ͜ o homem
A quem dás a correção
E ͜ a quem tua lei ensinas,
13 Dando ͜ alívio ͜ em dias maus,
Até que se abra ͜ a cova
Para ͜ o ímpio, transgressor.
5
14 Deus seu povo não rejeita
Nem sua ͜ herança deixará.
15 O juízo em justiça
Eis que se converterá.
Os de coração correto
À justiça seguirão
16 Quem a meu favor comigo
Contra ͜ os ímpios lutará?
6
17 Se não fora o Senhor Deus,
Com o seu auxílio a mim,
Já minha ͜ alma estaria
No lugar da solidão.
18 Quando ͜ eu digo, quando ͜ eu digo:
“Eis meu pé a resvalar”,
A benignidade tua
Me sustém, ó meu Senhor.
7
19 Quando ͜ em mim se multiplicam
Muitas preocupações,
Minha alma se alegra
Pois me dás consolações.
20 Pode, ͜ acaso, ͜ associar-se
Junto ͜ a ti o trono mau,
O qual forja ͜ a ͜ iniquidade,
Tendo por pretexto ͜ a lei?
8
21 Contra ͜ o justo se ͜ associam,
O ͜ inocente ͜ a condenar,
22 Mas meu Deus é baluarte,
E rochedo ͜ a me ͜ abrigar.
23 Sobre ͜ os ímpios faz cair, sim,
O seu mal, seu próprio mal.
Pelos males cometidos,
Nosso Deus os matará.