Salmo 78B
Melodia: Hartford
Métrica: 15. 15. 15. 14. 13. 12. 14. 13
Compositor: Eugene Monroe Bartlett, 1939
Metrificação: Comissão Brasileira de Salmodia
1 À minha lei, meu povo, escutai, prestai ouvidos
Às palavras que eu pronunciar prestai bem atenção
2 Meus lábios bem abertos em parábolas antigas
Dos tempos idos contarei, enigmas narrarei
3 Aquilo que aprendemos e os pais nos contaram
4 Oculto aos seus filhos não podemos deixar
E à geração vindoura narrar_as maravilhas
Louvores do nosso Deus e_o seu grande poder
5 Instituiu preceitos, em Jacó um testemunho
Estabeleceu a sua lei no meio de Israel
E aos nossos pais deu ordens que_aos seus filhos transmitissem
6 E a nova geração a Deus pudesse conhecer
E os filhos que ainda hão de vir ao mundo
Também referissem aos descendentes seus
7 A fim de que pusessem em Deus a confiança
E não se esquecessem mais dos feitos do Senhor
Que_a lei observassem 8 e seus pais não imitassem
Geração rebelde, corações instáveis, infiéis
9 De Efraim os filhos, mesmo armados de arco e flecha
Fugiram do combate 10 e_o pacto não guardaram mais
Na lei não mais andaram 11 de Deus se esqueceram
Das obras gloriosas que muito lhes mostrou
12 Prodígios fez aos pais lá na terra do Egito
Na sua presença, então, no campo de Zoã
13 O mar foi dividido e os fez seguir avante
Aprumou as águas como um dique 14 e_os conduziu então
De dia com_uma nuvem, com clarão de fogo à noite
15 e no deserto fendeu rochas e_lhes dessedentou
O povo, então, bebeu de um modo abundante
Tal qual de abismos 16 da pedra fez brotar
Torrentes fez manar muitas águas como rios
17 porém inda prosseguiram em se rebelar
E contra o Deus Sublime no deserto, pois, pecaram
18 no seu coração tentaram Deus pedindo pelo pão
Que fosse do seu gosto, 19 e assim falaram dele
Falaram contra Deus dizendo: pode acaso Deus
A nós nesse deserto uma mesa prover-nos
20 Manaram as águas quando a rocha feriu
Caudais sim transbordaram, mas pão poderá dar-nos?
Ou carne_ao seu povo poderá Deus fornecer?
21 Ouvindo tudo isso, Deus ficou indignado
E de Deus o fogo se_acendeu, então, contra Jacó
Também a sua ira levantou-se contra o povo
22 Porque não creram no Senhor e_em sua salvação
23 mas Ele aos céus deu ordens e_as portas se abriram
24 choveu sobre eles maná e cereal
25 e cada qual comeu sim, comeu o pão os anjos
Porque Deus lhes enviou comidas a fartar
26 Do sul, do oriente com poder soprou um vento
27 sobre o povo Deus, sim, qual poeira, carne fez chover
Dos mares, como areia, fez voláteis vir a eles
28 Caindo sobre o arraial, das tendas ao redor
29 então comeram muito, fartaram-se todos
E_o que desejavam Deus, pois, lhes atendeu
30 porém o apetite eles não reprimiram
Na boca estava ainda o alimento seu
31 E Deus ardendo em ira contra Israel, seu povo
Sobre os fortes semeou a morte_e_os jovens Deus prostrou
32 Mas mesmo assim o povo prosseguiu no seu pecado
Nas suas maravilhas todas preferiu não crer
33 por isso que Deus fez que seus dias se fossem
Qual sopro e_os seus anos em súbito terror
34 e quando Deus a morte mandava contra eles
E_então sob contrição buscavam ao Senhor
35 Lembravam-se de que Deus, era sempre a sua Rocha
E o Deus Altíssimo, o Senhor, era seu Redentor
36 Lhe elogiavam muito, mas somente com a boca
Porém, com_a língua o povo, então, mentia para Deus
37 porque o coração deles não era firme
Não tinham firmeza diante do Senhor
E à sua aliança o povo não honrava
E contra o concerto eterno foram infiéis
38 Mas Deus, porém, que é sempre cheio de misericórdia
Sempre compassivo, não destrói, desvia o seu furor
Perdoa a iniquidade, não dá largas à sua_ira
Reprime sua indignação, s’ua ira Deus contém
39 Pois lembra-se que_o povo é feito de carne
Qual vento que passa sem nunca mais voltar
40 Por muitas vezes foram rebeldes no deserto
No ermo provocações lançaram contra Deus
41 De novo agravaram ao Deus de Israel tentaram
42 Não lembraram mais do seu poder nem que lhes resgatou
Das mãos do adversário 43 e de como no Egito
Prodígios Deus realizou, no campo de Zoã
44 E então aos rios deles converteu em sangue
E assim das correntes não pudessem beber
45 de moscas aos enxames mandou que devorassem
E rãs, pois, Deus enviou para lhes destruir
46 E Deus suas colheitas entregou aos gafanhotos
E do seu trabalho, a produção, às larvas destinou
47 E destruiu suas vinhas com as chuvas de granizo
Suas figueiras com geadas Deus lhes devastou
48 O gado e os seus rebanhos entregou aos raios
49 Lançou contra eles sua ira com furor
Indignação, ruína, e cólera divina
E_os anjos em legião com males a cumprir
50 Deu livre curso à ira, não poupou ninguém da morte
Mas à pestilência, Deus, a todos eles entregou
51 Feriu de morte os filhos, primogênitos do Egito
De Cão, nas tendas, as primícias do poder viril
52 Seu povo, como ovelhas, Deus fez que saísse
E como um rebanho no ermo Deus guiou
53 Levou-o em segurança e sem temor seguiram
Ao passo que ao inimigo o mar o submergiu
54 E então levou o povo para sua terra santa
E até ao monte que_o Senhor com a destra adquiriu
55 Nações que lá estavam expulsou, e suas terras
Com eles repartiu e ali as tribos fez herdar
56 Ainda assim tentaram a Deus, o supremo
E lhe resistiram quebrando a sua lei
57 Atrás voltaram como seus pais, aleivosos
Fugiram, pois, do Senhor qual arco enganador
58 Com os_altos provocaram e a Deus o_incitaram
Com imagens de escultura, pois, seu zelo despertou
59 E Deus ouvindo isso ficou muito indignado
E sobremodo aborreceu seu povo, Israel
60 Abandonou Siló com o seu tabernáculo
E_a tenda na qual entre os homens habitou
61 E_a arca da sua força passou ao cativeiro
Sua glória Deus transferiu à mão do opressor
62 Deus entregou, com ira, o seu povo à espada
Contra a sua própria herança ele se encolerizou
63 Seus jovens foram todos devorados pelo fogo
E as virgens deles não tiveram canto nupcial
64 Caíram à espada os seus sacerdotes
E as suas viúvas nenhuma lamentou
65 E Deus se despertou, como estando num sono
Tal forte que se exaltou após vinho beber
66 Fez recuar a golpes adversários do seu povo
E desprezo permanente a eles Deus lhes cominou
67 Também Deus rejeitou, pois, de José a sua tenda
E ainda mais não elegeu a tribo de Efraim
68 Mas antes escolheu de Judá sua tribo
E o monte Sião, pois, que tanto Ele amou
69 E fez o santuário, tal como os céus, durável
E firme qual terra que para sempre fundou
70 Também Davi, seu servo que por Deus foi escolhido
Foi tomado, pois, dentre as ovelhas e dos seus redis
71 Tirou-o do cuidado das ovelhas e das crias
Para pastorear Jacó, o povo de Israel
Seu povo sua herança 72 com integridade
Do seu coração ele então apascentou
Seu povo sua herança consoante integridade
Com mãos precavidas, pois, então os dirigiu